21 de out. de 2011

Qualidade

Estou retomando o blog após um ano ou mais ausente.
Fiquei ausente, pois acabei desanimando por falta de comentários e de leitores.
Talvez a ausência de leitores se de pelo desinteresse dos temas publicados, certamente bem menos atrativos do que outros blogs de futebol, festas e afins.
Talvez seja o alcance do blog, afinal este esta ‘perdido’ em meio a inúmeros os blogs e é difícil o leitor saber qual ler e selecionar.
Talvez seja a falta de um tema especifico e constante, como a defesa dos animais.
Ou, talvez seja apenas a qualidade das matérias que concordo não tem qualidade jornalística ou literal. Bem, não sou jornalista e muito mesmo escritor... cometo muitos erros de português., mas ainda acho que os temas são relevantes.
Olhando por outro ângulo, ao menos é um espaço para que eu possa manifestar as minhas indignações, aquilo que fica travado diariamente na garganta, diante de tantas injustiças e muitas incompetências e que muitas vezes não encontra veículo para desabafar. Felizmente vivemos em uma democracia que nos permite manifestar livremente.
Mas falando em incompetência, não sei se notaram como a qualidade da maioria dos produtos e serviço vem caindo ao longo dos anos.
Tenho a impressão que são produtos fabricados para durar pouco tempo, descartáveis e, muitas contam com uma rede de assistência técnica sofrível e de pessoas despreparadas.
Esta ineficiência permeia empresas de diversos setores como o de telefonia, fabricantes de computadores, companhias aéreas, lojas de moveis,lanchonetes, restaurantes, hotéis etc.
Mesmo coisas mais simples como ir a um restaurante podem ser uma dor de cabeça’. A qualidade do produto não é constante, a conta pode estar errado, um dos pedidos pode chegar antes do outro, um dos pedidos pode chegar errado e o outro fica aguardando a troca, ou o garçom chama outro que chama outro para atender o setor na qual encontra-se a sua mesa. Muitas vezes o garçom nem sequer conhece direito o cardápio e os seus ingredientes.
Quantas vezes nos deparamos com empregados m lojas que nem sequer sabem fazer uma simples conta de subtração ou usarem uma máquina para passar o cartão?
E os ‘call centers’...’disque 1 para tal, dique 2 para tal...disque 10 para ta’l...e após escolher uma das opções, mais uma quantidade de opções são listadas até que finalmente você consegue um atendente que, na maioria das vezes, não resolve seu problema e repete as mesmas coisas, como se estivesse lendo um ‘script’, sem possibilidade de um mínimo de raciocínio.
Tudo isto exige muita paciência, tempo e um retrabalho que custa caro as empresas e aos consumidores que acabam pagando pela ineficiência.
Segundo a literatura, o retrabalho pode custar por volta de 20% da receita bruta! Talvez seja isto e não apenas os impostos que oneram nossos produtos e serviços, mas a combinação de ambos.
Falta Qualidade e Prevenção.
Mas creio que a questão vai além das empresas que não adotam uma política de qualidade e de treinamento constantes, chegando à esfera pública responsável por uma educação escolar pública sofrível conforme publicados na mídia.
Se quisermos mudar este estado de coisas, temos que exercer maior pressão nas empresas, comprar menos seus produtos, avisar os outros de problemas ocorridos para que estes não sejam também vitimas, exigir do nossos governantes um maior investimento em educação das escolas públicas. E que fique claro que o panorama das escolas particulares não é lá tão melhor.

26 de ago. de 2010

Para que serve a psicanálise?

Quinta-feira, Agosto 26, 2010
Para que serve a psicanálise?
"A ASSOCIAÇÃO Internacional de Psicanálise (IPA) foi fundada em 1910. Presente em 33 países, com mais de 12 mil membros, ela festeja seu centésimo aniversário. Aos colegas da IPA (embora eu tenha me formado numa de suas dissidências), meus sinceros parabéns.
A festa é uma boa ocasião para perguntar: para que serve, hoje, a psicanálise? A campanha eleitoral em curso me ajuda a escolher uma resposta.
Repetidamente, o presidente Lula e Dilma Rousseff se apresentam como pai e mãe dos brasileiros. Em 17/8, Lula declarou: "A palavra não é governar, a palavra é cuidar: quero ganhar as eleições para cuidar do meu povo, como a mãe cuida de seu filho".
No dia seguinte, Marina Silva comentou: "Querem infantilizar o Brasil com essa história de pai e mãe". Várias vozes (por exemplo, o editorial da Folha de 19/8) manifestaram um mal-estar; Gilberto Dimenstein resumiu perfeitamente: "Trazer a lógica familiar para a política significa colocar a criança recebendo a proteção de um pai em vez de um governante atendendo a um cidadão que paga imposto".
Entendo que um presidente ou uma candidata se apresentem como pai ou mãe do povo. Embora haja precedentes péssimos (de Vargas a Stálin, ao ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-il), estou mais que disposto a acreditar que Lula e Dilma se expressem dessa forma com as melhores intenções.
O que me choca é que eleitores possam ser seduzidos pela ideia de serem cuidados como crianças e preferi-la à de serem governados como adultos.
Se o governo for paternal ou maternal, o que o cidadão espera nunca será exigível, mas sempre outorgado como um presente concedido por generosidade amorosa; o vínculo entre cidadão e governo se parecerá com o tragipastelão afetivo da vida de família: dívidas impagáveis, culpas, ciúme passional etc. Alguém gosta disso?
Numa psicanálise, descobre-se que a vida adulta é sempre menos adulta do que parece: ela é pilotada por restos e rastos da infância. Ao longo da cura, espera-se que essa descoberta nos liberte e nos permita, por exemplo, renunciar à tutela dos pais e ao prazer (duvidoso) de encarnarmos para sempre a criança "maravilhosa" com a qual eles sonhavam e talvez ainda sonhem.
Tornar-se adulto (por uma psicanálise ou não) é um processo árduo e sempre inacabado. Por isso mesmo, a quem luta para se manter adulto, qualquer paternalismo dá calafrios -ou vontade de sair atirando, como Roberto Zucco.
Roberto Succo (com "s"), veneziano, em 1981, matou a mãe e o pai; logo, fugiu do manicômio onde fora internado e, durante anos, matou, estuprou e sequestrou pela Europa afora. Em 1989, Bernard-Marie Koltès inspirou-se na história de Succo para escrever "Roberto Zucco", peça admiravelmente encenada, hoje, em São Paulo, na praça Roosevelt, pelos Satyros.
Na peça, Zucco perpetra realmente aqueles crimes que todos perpetramos simbolicamente, para nos tornarmos adultos: "matar" o pai, a mãe e, dentro de nós, a criança que devemos deixar de ser.
O diretor da peça, Rodolfo García Vázquez, disse que Zucco é um Hamlet moderno. Claro, para Hamlet, como para Zucco, o parricídio é uma espécie de provação no caminho que leva à "maioridade". Além disso, pai, padrasto e mãe de Hamlet eram reis, e o pai de Succo era policial. Para ambos, o Estado se confundia com a família.
Se o Estado é um pai ou uma mãe para mim, eu não tenho deveres, só dívidas amorosas, e, se esse Estado me desrespeita, é que ele me rejeita, que ele trai meu amor. Por esse caminho, amado ou traído pelo Estado, nunca me considerarei como um entre outros (o que é uma condição básica da vida em sociedade), mas sempre como a menina dos olhos do poder.
Agora, se eu me sentir traído, não me contentarei em mudar meu voto, mas procurarei vingança no corpo a corpo, quem sabe arma na mão; pois essa é a linguagem da paixão e de suas decepções. O paternalismo, em suma, semeia violência.
Enfim, se é verdade que muitos prefeririam ser objeto de cuidados maternos ou paternos a serem "friamente" governados, pois bem, nesse caso, a psicanálise ainda tem várias boas décadas de utilidade pública entre nós.
É uma boa notícia para a psicanálise. Não é uma boa notícia para o mundo fora dos consultórios."

CONTARDO CALLIGARIS

Fonte: Postado por Blog da Zelinha às Quinta-feira, Agosto 26, 2010 Marcadores: Contardo Calligaris

23 de jul. de 2010

"Se podes olhar, vê. Se podes ver, repara."...José Saramago

Uma das manchetes na página da UOL, de hoje, é: "Exército da Venezuela apóia ruptura e diz estar pronto para combate".

Uma frase trágica, insensivel e de absoluta "cegueira" pronunciada pelo Sr. Carlos Mata, General e Ministro da defesa da Venezuela.
É trágico, porque a maioria do povo venezuelano mergulhado na "cegueira", não enxerga a manipulação e a destruição que o Sr. Hugo Chávez esta impondo aos venezuelanos.
Ele, Chávez, busca se aproveitar da "cegueira" coletiva, da mesma maneira como o personagem de Saramago, no seu celebre livro “Ensaio sobre a cegueira”, na qual um cego, com uma arma na mão, impõe a sua vontade sobre os demais cegos.
No cao de Hugo Chavez, com o propósito de desviar a atenção dos graves problemas econômicos pelos quais a Venezuela atravessa e procurando se perpetuar no poder seja por que meio for.
Mas o Chávez não é o único culpado pela situação. É a própria "cegueira" coletiva, que acomete o povo, cuja realidade parece ter se tornado indiferente à sua volta.
A esperança de dias melhores e a hábil manipulação, alçou este autocrata para comandante em chefe de uma nação que tinha um futuro brilhante, não fossem as palavras do seu presidente, apenas palavras ao vento.
Ele não cumpriu e honrou o que havia prometido, perdendo a oportunidade de entrar para a história como um dos melhores presidentes latinos, promovendo a Venezuela a uma das nações mais ricas e desenvolvidas da América do Sul.
Apenas jogou a Venezuela na situação em que se encontra.
Mas não somente o Chavez e o povo venezuelano contribuiram para a situação atual. Outros governos latinos americanos flertaram e apoiaram aquele ditador.
Para alguns países, os ‘petro $’ falaram mais alto do que a justiça e a ética acima dos negócios.
Espero que a ‘cegueira’ que contaminou a Venezuela, e parece contaminar alguns outros países latinos americanos, não se alastre para o Brasil e aos demais países que aparentemente conseguiram se imunizar contra o pseudo-socialismo chavista.
Mas a unanimidade, presente no Brasil ou, em qualquer outra situação, sempre é preocupante. Nelson Rodrigues já nos alertava que a “A unanimidade é burra”.
Portanto, é uma grande idiotice seguirmos ordens que tem finalidades obscuras e que servem a interesse exclusivo pessoal ou de um grupo dominante.
Portanto, evitemos a "cegueira" e a 'unanimidade burra', participando de uma unanimidade inteligente, começando pela singularidade de cada um, rejeitando a própria intolerância, bem como a de outros grupos e, deixando de enxergar o mundo pelo buraco de uma fechadura.

15 de jul. de 2010

Apedrejamento e silêncio de Lula



Caros leitores,
Esta mulher será apedrejada !
Sim, ainda há alguns países que executam a pena de morte por apedrejamento.
A 'lapidação' ou apedrejamento, como é mais conhecido, é arcaica, cruel e uma forma extremamente lenta de execução.
Em breve, a iraniana SAKINEH MOHAMMANDI ASHTIANI de 43 anos, acusada de ser adultera, e que já sofreu 99 chibatadas, será apedrejada.
Ela se encontra presa há 5 anos!
O ministro iraniano, MANOUCHEHE MOTTAK, em visita a Madrid, já confirmou que a execução será mantida, apesar de milhares de pessoas, instituições, como a anistia Internacional, Human Rights Watch, e governos apelarem ao Irã, para que não siga em frente com esta barbaridade.
Infelizmente, parece que o governo tirano de AHMADINEJAD e os clérigos reacionários que outorgam para si a capacidade de discernir o que é certo ou errado não estão sensibilizados.
Até o momento, o nosso presidente Lula nem a sua candidata Dilma, se manifestaram contrários. Por quê?
Espero que todos os leitores sensibilizados e contrários a esta barbaridade, possam de alguma maneira se engajar na luta, por meio de abaixo assinados, cartas e e-mails para a embaixada iraniana no Brasil, publicação nas redes sociais etc. Não podemos ficar calados diante de tal atrocidade.
Por meio deste blog, eu peço que a Republica Islâmica do Ira anule a sentença de lapidação aplicada a SAKINEH MOHAMMANDI ASHTIANI, bem como qualquer outra pena e que ela seja libertada imediatamente.

13 de jul. de 2010

"Segurobras"...mais uma estatal!

Caro leitor,
Faltando apenas 6 meses para terminar o governo atual, o presidente Lula, por meio de medida provisória, decidiu criar mais uma estatal: A Empresa Brasileira de Seguros.
Será a 12 a. estatal do governo Lula!
Segundo o governo, a criação da Estatal permitira ampliar a capacidade financeira das seguradoras, dando um suporte e garantia maior para eventuais problemas em grandes projetos e obras de infraestrutura.
Porque competir com a iniciativa privada e concentrar o risco no setor público são perguntas a serem respondidas.
E como será a análise de risco e o comprometimento da cobertura de risco quando e tratar de obras públicas? Se quem vai assumir o risco da obra é o próprio estado, não estaria ocorrendo um conflito de interesse?
Com relação ao quadro de pessoal, a Medida Provisória vai permitir que a nova empresa opere com funcionários públicos cedidos ou com contratações provisórias. Acho que já sabemos o que isto significa.
O que também é estranho, do ponto de vista político, é que faltando apenas 6 meses para findar o seu governo, Lula cria uma estatal, comprometendo o inicio do governo do seu sucessor, talvez o da sua candidata, Dilma, tirando dela ou do futuro sucessor, a iniciativa e autonomia de decidir e trabalhar nesta questão.
Porque O Lula não deixou a sua sucessora propor e colocar esta estatal no programa de governo? Será que Lula não esta passando um sinal de fraqueza da sua candidata Dilma?
Se ele confia na sua candidata Dilma, porque passar o recado de que a Dilma não teria esta iniciativa?
Com certeza será munição para a oposição.
De qualquer modo, o futuro governo já nasce engessado com mais esta estatal.
Sem contar os aspectos técnicos da questão.

7 de jul. de 2010

"Negócios são Negócios" ??






Fonte da imagem: www.estadao.com.br
A frase do título foi dito pelo Sr. Celso Amorim, justificando a visita do Presidente Lula e comitiva a Guiné Equatorial.
Mais uma visita de Lula a um país dirigido por um ditador.
Segundo ainda o ministro "...é uma área rica em petróleo com grandes possibilidades de construção, para área de construção, já tem empresas brasileiras aqui, com grandes possibilidades de melhorar a sua agricultura. O Brasil tem de ajudar esses países”.
O presidente da Guiné Equatorial, Sr. Obiang Mbasogo, esta no poder há mais de 30 anos e é acusado de enriquecimento ilícito e de violação dos direitos humanos, inclusive acusado de tráfego de seres humanos, torturas, assassinatos, fraudes etc.
Segundo a revista Forbes, ele é o oitavo governante mais rico do mundo. Não é a toa que cerca de 60% da população vivem na miséria!
Segundo ainda o jornal "O Estado de São Paulo", em 2003 a radio estatal da Guiné Equatorial atribuiu a Mbasogo o titulo de "deus da Guiné Equatorial" e o direito de "matar sem prestar contas a ninguém e sem ter de ir ao inferno".
Quero crer que o nosso presidente não foi devidamente informado.
Segundo ainda o jornal "O Estado de São Paulo", não houve entrevista coletiva, uma vez que o cerimonial do governo local não permitiu perguntas de jornalistas.
Felizmente, os jornalistas conscientes, recusaram participar do banquete oferecido por Mbasogo.
Pergunto, é com aquele governo que queremos fazer trocas comerciais? É com este ditador que queremos manter relações comerciais?
Celso Amorim responde ao dizer: "Quem resolve o problema de cada país é o povo de cada país
Ou seja, cada um que se vire como puder, se há escravidão, tráfego de pessoas, assasinatos, fraudes, enriquecimento ilícito, etc. isto não é nosso problema. Importante é faturar!
Portanto, sejamos todos avestruzes, aquela ave que coloca a cabeça no buraco para não enxergar o perigo, achando assim que esta protegido. Ledo engano.
Porque estamos intensificando relações com ditadores como Mugabe, Chavez, Ahmadinejad, Bashar, Obiang?
Porque não estamos agendando visita com o Sr. Barack Obama, um dos homens mais inteligentes deste planeta e recuperando o estrago causado pela era Bush?
Para fechar com chave de ouro só falta a visita a Coreia do Norte!
Se continuarmos assim, em breve o mundo civilizado vai fechar as portas ao Brasil!

2 de jun. de 2010

"Ame-o ou Deixe-o"...semelhanças?



Lamentavelmente a nossa querida seleção brasileira de futebol, dentro de mais algumas horas, participara de um amistoso contra a seleção do Zimbábue, prestigiando assim o ditador Mugabe que não mediu esforços para que isto ocorresse. Somos a única seleção a aceitar fazer uma preparação naquele pais, governado por um brutal ditador que esta no poder desde 1981! A ida da nossa seleção se deve, além de um pagamento de Euros 1,000.000 (um milhão de Euros), provavelmente a nova política internacional do Brasil, que recentemente parece prestigiar certos governos totalitários e repressores, como os de Ahmadinejad no Ira e de Robert Mugabe no Zimbábue e, do apoio decisivo do presidente Lula, um dos raros chefes de Estado a visitarem aquele pais, segundo a informação do jornalista Domingos Grillo Serrinha, do jornal Correio da Manhã.
O Zimbabué, um país com regime autoritário (teoricamente marxista) é dos mais pobres do mundo, possui uma população afetada pelo grave desemprego, fome a crescimento da AIDS. O governo é autoritário e antidemocrático, e provavelmente um dos mais corruptos do continente africano.
Hoje, este ditador, recebe o apoio dos nossos meninos. Eu acho que não precisávamos de mais esta exposição. Infelizmente, a bela imagem que o Brasil estava construindo nos últimos anos, parece se desfazer rapidamente.
Finalizo com a frase do presidente Medici lembrado hoje pela manha na radio CBN: "Pra frente Brasil, Ame-o ou Deixe-o."